quarta-feira, 18 de março de 2009

Corrupção em São Paulo, Alckmin Impede Apuração

Geraldo Alckmin proibiu Procurador-Geral de investigar corrupção.

Obstaculo à ação da Justiça é crime. Goro Hama, conhecido também como "Goro Grana", é alvo de processos judiciais sobre desvio de R$ 685 milhões dos cofres do Estado. Era homem de confiança de Mário Covas e Geraldo Alckmin, e continua amigo pessoal de Geraldo "Abafa CPI" Alckmin.

O governo de São Paulo, sob o comando do governador Geraldo Alckmin (PSDB), proibiu os procuradores do Estado de processarem Goro Hama, ex-presidente da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo). A Procuradoria do Estado é um órgão do Poder Executivo que representa os interesses de São Paulo e deve se manifestar em todas as 85 ações movidas pelo Ministério Público contra Hama. Em tese, ela pode assumir a posição da acusação, defender os atos de Hama ou ficar neutra nos processos. No ano passado, a Procuradoria do Estado optou por assumir a posição da acusação, ao lado do Ministério Público, em pelo menos sete casos. Mas, em dezembro de 2001, Alckmin substituiu o procurador-geral do Estado e a posição da Procuradoria do Estado se modificou. O novo procurador, Elival da Silva Ramos, que está no cargo até hoje, afirma que o Estado deixou de entrar contra Hama nos processos. Ele determinou aos procuradores do Estado que se abstenham de tomar partido nas ações. Amizade Homem de confiança do governador Mário Covas, morto no ano passado, Hama é acusado pela Promotoria de Justiça da Cidadania de causar prejuízo de R$ 685,7 milhões aos cofres do Estado. Hama, que chegou a ser secretário-geral do PSDB paulista e tesoureiro da campanha de Covas a governador em 1994, está com os bens bloqueados pela Justiça. Depois de pedir demissão da CDHU, empresa que comandou por seis anos, Hama foi levado por Covas para trabalhar no Palácio dos Bandeirantes como assessor especial do governador. Poucos dias depois de sua morte, ele foi exonerado por Alckmin. Mas as relações entre Alckmin e Hama não ficaram ruins. Há cerca de um mês, os dois estiveram juntos em um comício em São José dos Campos (SP). "Obrigado, Goro" foi a frase de despedida do governador. Acusações O ingresso do Estado nas ações, ao lado do Ministério Público, enfraquece a defesa de Goro Hama e dos demais ex-diretores da CDHU ao mesmo tempo em que fortalece a acusação. Cada um dos processos movidos contra Goro Hama e contra outros ex-diretores da CDHU refere-se a um contrato entre a estatal e uma empreiteira para a construção de um conjunto habitacional do programa Chamamento Empresarial. Para participar da licitação, as empreiteiras tinham de comprovar que possuíam a propriedade ou uma opção de compra dos terrenos nos quais seriam construídas as unidades habitacionais. Segundo o Ministério Público, essa exigência fere a concorrência entre as empreiteiras que poderiam se interessar pela obra. Em 76 dos 85 casos estudados pela Promotoria até agora, apenas uma empreiteira participou da concorrência. Só uma licitação teve três participantes. Após a assinatura dos contratos com a CDHU, as empreiteiras revendiam os terrenos para a estatal. Mas por preços muito superiores aos pagos pelas construtoras. Em Garça (423 km a noroeste de SP), por exemplo, a CDHU comprou um terreno por R$ 762 mil. Onze dias antes, o imóvel fora comprado pela empreiteira por R$ 200 mil, segundo apurou o Ministério Público estadual. O edital das licitações previa que o pagamento do terreno pela CDHU fosse feito em 18 prestações, mas a estatal pagou à vista, mediante desconto de 11%. Houve, portanto, mudança nas regras depois do início do jogo. A Promotoria argumenta que o princípio da vinculação dos contratos administrativos ao edital impede esse tipo de mudança. Isso porque outras empresas poderiam se interessar pela concorrência se soubessem da possibilidade de receber os pagamentos à vista. Imóveis menores O Ministério Público também acusa a diretoria da CDHU de ter aceitado, em alguns casos, que as empreiteiras entregassem à estatal imóveis menores que os contratados _e pagos. Essa irregularidade teria ocorrido principalmente na capital, onde há maior valorização dos terrenos. Segundo a Promotoria, em um conjunto habitacional na zona leste, por exemplo, a CDHU pagou por um terreno de 78.368 metros quadrados e recebeu um de 27.082 metros quadrados. A Promotoria questiona, finalmente, a aplicação do índice da Fipe para a construção civil na correção dos preços dos terrenos. O índice permitiria uma correção nos preços dos imóveis superior à valorização de mercado. Outro lado O procurador-geral do Estado, Elival da Silva Ramos, que assumiu o cargo em dezembro do ano passado, disse que o Estado de São Paulo deixará de entrar contra Goro Hama nos processos movidos pelo Ministério Público. Sem criticar o comportamento de sua antecessora, a procuradora Rosali de Paula Lima, Ramos disse não ver provas suficientes de que tenha ocorrido lesão aos cofres públicos nos contratos feitos pela CDHU para o programa Chamamento Empresarial. "Não posso absolver liminarmente a CDHU, mas também não posso condená-la de antemão. As alegações do Ministério Público dependem das provas que serão produzidas nos processos", diz o procurador-geral do Estado. Ramos confirma que o Estado entrou ao lado da acusação em sete processos contra Goro Hama, mas diz que a Procuradoria não tomou posição em nenhum processo desde que ele assumiu o cargo. De agora em diante, diz ele, os procuradores vão se abster de tomar partido nas ações o que, na prática, ainda não ocorreu. Ele não vê contradição entre essa posição e as que foram adotadas por outros procuradores do Estado. A Procuradoria da Fazenda junto ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) se posicionou pela ilegalidade dos contratos, o procurador que presidiu a sindicância da Secretaria de Estado da Habitação concluiu ter havido irregularidades nos contratos e de a Corregedoria Geral da Administração também conclui que os contratos foram ilegais. "Em julho deste ano, aprovei um parecer da Procuradoria Administrativa que, em tese, admite a realização de contratos globais. O fato de as empreiteiras fornecerem o terreno pode ou não afetar a concorrência, depende do caso. Da mesma forma, em tese, o valor dos terrenos pode não ter sido superfaturado porque o valor final das obras foi razoável. As outras questões levantadas pelo Ministério Público depende de provas. Não podemos pré-julgar questões fáticas", disse Ramos.
Original de Roberto Cosso, da "Folha De São Paulo" de 13/10/2002.

Mapa da Corrupção em São Paulo do PSDB


Mapa da Corrupção: São Paulo



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denúncia Prejuízo público em São José dos Campos
O Sindicato dos Funcionários Públicos de São José dos Campos entrou na justiça contra João Friggi e Sandra Garcia por gestão de risco, em face do investimento de quase 30 milhões no falido banco santos, em outubro de 2004, durante a administração de Emanuel Fernandes. Os detalhes estão em
www.vejasaojose.com.br.(Da redação, 8/9/2006)


política PFL denuncia: “Houve corrupção no governo Alckmin”
Que o casamento PSDB/PFL está em crise não é segredo. Em são Paulo, porém, o aliado de longa data do PSDB, o deputado estadual pelo PFL-SP, José Caldini Crespo, traz a lavanderia para as ruas, expõe a roupa suja e diz que o mal dos tucanos é “a prepotência”. Em sua avaliação, “O PSDB está indo para Nova York discutir o Brasil. Curioso, né?”. Matéria de Maurício Reimberg na
Agência Carta Maior, em 29/5/2006.

Bertioga Câmara aprova cassação de prefeito por unanimidade
O prefeito de Bertioga teve seu mandato cassado ontem (21/2) em sessão da Câmara por unanimidade, em virtude de denúncias confirmadas de desvio de verbas de patrocínio da Festa do Índio. A defesa conseguiu uma liminar em SP, já que o Juiz local indeferiu todos os pedidos feitos pelo Prefeito. Segue em curso uma segunda denúncia e o parecer final da Comissão Processante pugna pela cassação, pois houve superfaturamento das obras de casas populares em convênio com a CDHU. A tática da defesa agora é desmoralizar os vereadores e a imprensa local não apresenta neutralidade no processo de divulgação dos fatos, confundindo a opinião pública. A caravana “Todos contra a Corrupção” do projeto Adote um Município, associado à AMARRIBO, esteve em Bertioga no ano passado e fez reunião com a Câmara de Vereadores. A AMARRIBO se solidariza com os vereadores que estão cumprindo seu papel de fiscalização da administração pública. Informações da
Amarribo em 22/2/2006.

Paulínia Prefeito tem direitos políticos cassados
O prefeito de Paulínia, Edson Moura (PMDB), teve os direitos políticos suspensos por oito anos e foi condenado a devolver R$ 45 mil corrigidos aos cofres públicos devido contratação irregular do advogado Ivan Barbosa Rigolin para defendê-lo numa ação civil pública movida pelo MP (Ministério Público). A Promotoria vai protocolar uma apelação para que seja declarada na condenação a perda da função pública do prefeito (cassação do mandato). O advogado de Moura, Dauro de Oliveira Machado, vai recorrer da sentença. Da
Amarribo, em 22/2/2006.

Paulínia MP investiga denúncia de fraude em Paulínia
O Ministério Público (MP) de Paulínia abriu inquérito civil para investigar denúncias de superfaturamento e fraudes em licitações públicas para serviços de infra-estrutura e irregularidades na concessão e execução de obras- em loteamentos do município entre 2002 e 2005, ao longo de duas administrações do prefeito Edson Moura (PMDB). De acordo com o promotor Fernando Novelli Bianchini, as acusações, feitas na semana passada pela Organização Não-governamental (ONG) Associação dos Moradores e Amigos de Paulínia (AMA-Paulínia), são "graves". Do
site da Amarribo, 30/1/2006.


SÃO PAULO.#.21/1/2006 SP cede fazenda a fundação ligada ao secretário de Educação
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) cedeu uma fazenda de 87 hectares -- cerca de 54 vezes o parque Ibirapuera --, em Lorena (a 188 km de SP), à rede católica Canção Nova, ligada ao secretário da Educação, Gabriel Chalita. A fazenda Centri também fora solicitada por pelo menos dois órgãos do próprio governo. O Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo) pretendia utilizar o local para reforma agrária. A Faenquil (Faculdade de Engenharia Química de Lorena), vizinha à área, pretendia ampliar seu campus. Preteridos, disseram que não foram avisados da decisão. Matéria na
Folha Online.

veja-psdb Editora Abril fez doações a candidatos tucanos
A Editora Abril S/A, proprietária da revista semanal Veja, doou, nas eleições de 2002, R$ 50,7 mil a candidatos do PSDB. A informação foi obtida junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelo gabinete do deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR). Um político do PPS também foi beneficiado pelas doações. Segundo a assessoria do deputado petista, a campanha do atual líder da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados, Alberto Goldman (PSDB-SP), recebeu doações de R$ 34,9 mil da editora em 2002. Durante o governo FHC, Alberto Goldman foi relator da Lei Geral de Telecomunicações, que regulamentou a participação do capital estrangeiro no setor. Do Portal do PT, 27/7..
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Corrupção em São Paulo, Incompetência Tucana

Escândalo alastra-se em SP e mídia poupa Serra

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) do governador tucano e presidenciável José Serra (PSDB-SP) está no olho do furacão com uma escandalosa “lista” de corrupção. O caso envolve, entre outras denúncias, a arrecadação de dinheiro de bingos e caça-níqueis, o pagamento de propinas para anular a expulsão de policiais corruptos, e a venda de cargos na polícia civil por valores entre R$ 200 mil e R$ 300 mil.

As acusações foram feitas por meio de delação premiada pelo investigador Augusto Pena, preso na Penitenciária 2 de Tremembé por achacar integrantes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Estão vindo à tona essa semana, com amplo destaque no O Estado de S.Paulo.

Mas, numa prática comum no Estadão e nos outros jornais, as notícias não destacam que o escândalo ocorreu em pleno governo José Serra e muito menos o associam à administração do presidenciável tucano que tem ampla preferência da imprensa. Já se fosse do governo Lula, ou de um governador petista, você já imaginou a exploração que fariam?

Nesse caso de São Paulo, e para poupar seu candidato Serra, a mídia aponta só o envolvimento do ex-secretário adjunto da SSP-SP, Lauro Malheiros Neto; seu ex-sócio num escritório de advocacia, Celso Augusto Hentscholer Valente; o chefe do investigador Pena no Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (DEIC), Fábio Pinheiro Lopes; e outro policial, Jamil Mansur, reintegrado à polícia três vezes mesmo após expulsão determinada pelo Conselho da Polícia Civil.

Um vídeo gravado em 2007, e disponível no site do Estadão, mostra o sócio de Malheiros, Celso Valente, explicando o “esquema” de negociação de cargos na Polícia Civil. O investigador Pena também denunciou desvio de verba de combustível e uso de viaturas da polícia para prestação de segurança privada, além do envolvimento de delegados e investigadores numa máfia de pagamento de propinas por carteiras de habilitação na Circunscrição Regional de Trânsito de Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo).

Sobre nada disso se tem uma palavra sequer do governador Serra, que se mantém em seu silêncio imperial. Tampouco é cobrado pela mídia por essa mudez majestática.