quarta-feira, 18 de março de 2009

Corrupção em São Paulo, Incompetência Tucana

Escândalo alastra-se em SP e mídia poupa Serra

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) do governador tucano e presidenciável José Serra (PSDB-SP) está no olho do furacão com uma escandalosa “lista” de corrupção. O caso envolve, entre outras denúncias, a arrecadação de dinheiro de bingos e caça-níqueis, o pagamento de propinas para anular a expulsão de policiais corruptos, e a venda de cargos na polícia civil por valores entre R$ 200 mil e R$ 300 mil.

As acusações foram feitas por meio de delação premiada pelo investigador Augusto Pena, preso na Penitenciária 2 de Tremembé por achacar integrantes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Estão vindo à tona essa semana, com amplo destaque no O Estado de S.Paulo.

Mas, numa prática comum no Estadão e nos outros jornais, as notícias não destacam que o escândalo ocorreu em pleno governo José Serra e muito menos o associam à administração do presidenciável tucano que tem ampla preferência da imprensa. Já se fosse do governo Lula, ou de um governador petista, você já imaginou a exploração que fariam?

Nesse caso de São Paulo, e para poupar seu candidato Serra, a mídia aponta só o envolvimento do ex-secretário adjunto da SSP-SP, Lauro Malheiros Neto; seu ex-sócio num escritório de advocacia, Celso Augusto Hentscholer Valente; o chefe do investigador Pena no Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (DEIC), Fábio Pinheiro Lopes; e outro policial, Jamil Mansur, reintegrado à polícia três vezes mesmo após expulsão determinada pelo Conselho da Polícia Civil.

Um vídeo gravado em 2007, e disponível no site do Estadão, mostra o sócio de Malheiros, Celso Valente, explicando o “esquema” de negociação de cargos na Polícia Civil. O investigador Pena também denunciou desvio de verba de combustível e uso de viaturas da polícia para prestação de segurança privada, além do envolvimento de delegados e investigadores numa máfia de pagamento de propinas por carteiras de habilitação na Circunscrição Regional de Trânsito de Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo).

Sobre nada disso se tem uma palavra sequer do governador Serra, que se mantém em seu silêncio imperial. Tampouco é cobrado pela mídia por essa mudez majestática.

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